O feedback sanduíche aquele que intercala elogio, crítica e novo elogio é prática comum no ambiente corporativo. No papel, parece empático. Na rotina da liderança, atrapalha mais do que ajuda. Ao tentar suavizar a crítica, a mensagem perde força. O resultado? Comunicação falha, falta de clareza e quebra de confiança entre líder e liderado.
Liderança eficaz exige conversa direta. Quem desenvolve pessoas de verdade entende que uma cultura de feedback madura não se constrói com fórmulas prontas. Quando o recado vem mascarado por elogios genéricos, o time se perde. Não entende o que precisa mudar. Com isso, surgem ruídos, desalinhamento e uma queda no desempenho.
Além disso, o feedback sanduíche infantiliza. Em vez de fortalecer o desenvolvimento das equipes, transmite a ideia de que não dá para ser claro com o outro. Isso mina a autonomia, bloqueia o crescimento e gera insegurança.
No dia a dia, feedback no ambiente corporativo precisa ser tratado como ferramenta estratégica não como ritual de gentileza. Ele serve para alinhar expectativas, ajustar rotas e reforçar relações de confiança. Mas só funciona quando há coragem para dizer a verdade, com respeito, sem rodeios ou floreios.
Na trincheira, o tempo é escasso e os resultados importam. Líderes que priorizam conversas honestas, sem feedback sanduiche, constroem times mais fortes, conscientes e preparados para encarar os desafios que realmente importam.